21
novVocê sabe quais são as principais diferenças entre US GAAP e BR GAAP? Em uma análise inicial, ambos os termos podem parecer muito técnicos, no entanto, o conhecimento em relação às diferenças é fundamental.
Esse tema se torna ainda mais relevante para as empresas brasileiras que atuam no exterior ou às organizações de outros países que atuam no Brasil. Isso porque as normas contábeis podem variar conforme cada país e, por esse motivo, é importante ter o conhecimento preciso de cada legislação contábil. Dessa forma, a sua empresa conseguirá cumprir as obrigações contábeis e tributárias e não terá problemas com o fisco.
Pensando na relevância desse tema, neste post explicaremos detalhadamente qual é o conceito de GAAP, destacaremos as principais diferenças entre US GAAP e BR GAAP e informaremos quais são as principais consequências do não cumprimento das normas contábeis. Continue com a gente!
Trata-se de uma sigla originária da língua inglesa e, traduzindo para o nosso idioma, quer dizer Princípios Contábeis Geralmente Aceitos (GAAP). Esse conceito faz referência ao conjunto de normas que são seguidas pelo setor contábil de uma organização. O objetivo disso é fazer com que as operações de cada empresa sejam padronizadas.
Dessa maneira, cada país apresenta regras específicas. No Brasil, por exemplo, há o BR GAAP, já nos Estados Unidos tem-se o US GAAP. Como podemos deduzir, as duas letras iniciais referem-se ao país e o restante da sigla segue o nome do termo na língua inglesa. Vale destacar, ainda, que existem também as Normas Internacionais para Contabilidade (IFRS).
O objetivo dessa padronização internacional é assegurar que as demonstrações contábeis sejam uniformizadas no mundo. Essa característica se dá pelo fato de o mercado ser cada vez mais globalizado e também visa facilitar a realização de negociações internacionais para as empresas.
Existem diversas distinções entre as normas brasileiras e as norte-americanas, no que diz respeito à legislação contábil. Na sequência do artigo, apresentaremos as principais particularidades existentes em cada país. Continue lendo!
As normas brasileiras utilizam o custo histórico como base para o valor contábil, ou seja, utiliza-se como base o valor original do bem. Além disso, os itens do ativo imobilizado (imóveis, máquinas, equipamentos etc.) podem ser reavaliados. Nas normas norte-americanas, por sua vez, não são permitidas reavaliações, como regra. A exceção fica por conta de ativos financeiros derivativos e outros bens ou direitos que podem ou devem ser avaliados ao valor justo.
Aqui, há menos diferenças, pois as demonstrações contábeis devem ser padronizadas em todo mundo. Isso porque elas têm informações essenciais que são utilizadas pelos gestores, parceiros, investidores etc. Elas devem ser confiáveis e apresentar uma linguagem padronizada para que os interessados possam entendê-la e, assim, tomar decisões seguras.
De acordo com as normas internacionais, as empresas precisam apresentar o balanço patrimonial (mostra a composição dos ativos e passivos da empresa), fluxo de caixa e os dados referentes ao patrimônio líquido de dois anos, pelo menos. No US GAAP, a única diferença é que as informações devem ser referentes aos últimos três anos. Já no BR GAAP, a única distinção fica por conta da necessidade de apresentar a demonstração das origens e aplicações dos recursos, em vez do demonstrativo de fluxo de caixa.
DFC é a sigla para Demonstração do Fluxo de Caixa e por meio desse documento é possível conhecer as origens de entrada e saída de recursos financeiros em uma empresa. No US GAAP há a exigência de classificação em contas padrão e há a possibilidade do uso dos métodos direto ou indireto. No BR GAAP, como destacamos anteriormente, não há a obrigatoriedade de apresentar esse demonstrativo.
As normas norte-americanas permitem que as empresas possam apresentar o balanço patrimonial classificado ou não. Agora, você deve estar se perguntando: como que ocorre a classificação? O processo é feito por meio da separação dos itens em ordem decrescente de liquidez.
Conforme as normas brasileiras, os ativos e os passivos devem ser separados entre grupos de circulante (alta liquidez) e não-circulante (baixa liquidez). Dentro desses grupos, os ativos e passivos são demonstrados sempre em ordem decrescente de liquidez e com o agrupamento de contas. Essa prática tem como objetivo facilitar o conhecimento e a análise da situação contábil da organização.
Também conhecida como DRE, o documento evidencia se a empresa dá lucro ou prejuízo. Nas normas brasileiras não há um formato padrão, porém, os custos devem ser evidenciados por função. No US GAAP, as despesas são classificadas por função e subtraídas pelo subtotal ou pelas das receitas totais. Vale destacar, ainda, que as receitas e os gastos são classificados em grupos (os últimos são apresentados por função).
As normas norte-americanas permitem que as empresas possam escolher a moeda de apresentação nos demonstrativos. Já no BR GAAP, as demonstrações devem ser apresentadas na nossa moeda, ou seja, no real. Se uma operação for feita originariamente em outra moeda, é necessário fazer a convergência para o real. O câmbio a ser considerado será a data na qual foi feita a transação de compra ou venda de um determinado item.
As empresas estão sujeitas a diversas consequências quando não cumprem as legislações contábeis. Entre elas estão o pagamento de multas, advertência sobre o cancelamento do registro dos profissionais do ramo contábil da organização etc. Por esse motivo, é muito importante seguir e estar de acordo com as normas contábeis.
O US GAAP e BR GAAP referem-se, respectivamente, às normas norte-americanas e brasileiras de contabilidade. É muito importante conhecer as distinções entre as duas legislações para que a sua empresa cumpra as obrigações da melhor forma possível e, assim, não tenha dores de cabeça com o fisco.
Você gostou deste artigo? Compartilhe este conteúdo para os seus amigos nas redes sociais e permita que mais pessoas tenham conhecimento em relação a esse assunto.