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Entenda o que é insolvência empresarial e como funciona o processo

17

abr

Entenda o que é insolvência empresarial e como funciona o processo

É muito comum ouvirmos falar da importância da solvência nos negócios, mas, efetivamente, você sabe quão necessário é compreender o que significa essa palavra? E ainda, entre esses termos, o que é a insolvência empresarial, que é facilmente confundida com a falência?

É importante lembrar que a insolvência é um dos últimos passos de uma empresa. Antes de toda essa metodologia, há sinais que o empreendimento começa a emitir na sua rotina empresarial. Além disso, é necessário organizar uma série de negociações para recuperar a saúde financeira do negócio.

Para que você entenda melhor o que é insolvência empresarial, leia atentamente este artigo e esclareça suas principais dúvidas!

O que é insolvência empresarial?

Simplificadamente, a insolvência empresarial é a circunstância em que progressivamente a empresa não consegue arcar com seus deveres. Independentemente do modelo empresarial, todo negócio precisa trabalhar em busca do equilíbrio, isso é, as receitas devem ser suficientes para pagar os custos e as despesas.

Uma vez que as receitas superam os dispêndios do empreendimento a organização opera no lucro. Por outro lado, quando os custos e despesas são maiores que as receitas em longo período, pode acarretar um passivo maior que o ativo, tornando a empresa impossibilitada de realizar seus pagamentos.

Logo, a consequência direta dessa situação é a insolvência empresarial, ou seja, a incapacidade de pagar pelas dívidas adquiridas, sem qualquer previsão de recursos para a liquidação desses montantes.

No que tange à legislação, esse processo é baseado no Código da Insolvência e da Recuperação de Empresa, que se baseia em dois fatores: fluxo de caixa e balanço patrimonial.

Quais os principais indícios da insolvência?

Antes desse estágio, existem etapas que os gestores precisam estar alertas, pois, desse modo, é possível trabalhar estrategicamente para reverter essa condição. Veja alguns desses fatos.

Redução das vendas

A principal fonte de recursos de um negócio são as vendas. É por meio dessa operação que a empresa se capitaliza para subsidiar as demais operações empresariais. Quando a entrada de receitas começa a apresentar reduções constantes nos indicadores, é necessário avaliar as razões pelas quais isso está ocorrendo.

Aumento dos créditos bancários

O acúmulo de dívidas e a redução das vendas faz com que o primeiro ato dos administradores seja recorrer aos créditos bancários, contudo, quando não se traça um plano de recuperação, os valores financiados podem ser apenas mais uma dívida adquirida e não uma solução.

Uma vez que a obtenção de empréstimos e financiamentos bancários passam a ser uma opção recorrente, isso significa que a empresa está sendo financiada por recursos de terceiros, um dos sinais da insolvência empresarial.

Aumento da inadimplência

Poder contar com um capital de giro é fundamental para manter as atividades do empreendimento, com isso o departamento de contas a receber trabalha de forma preventiva no que se refere aos recebimentos dos clientes.

Esse setor é um dos principais alimentadores do fluxo de caixa, pois com as informações liberadas por ele é possível elencar as datas em que ocorrerão as entradas de recursos. Contudo, quando os clientes começarem a pagar as faturas em atraso, ou simplesmente não pagarem e a empresa começa a operar com um baixo capital de giro, a consequência direta é a perda da capacidade financeira do empreendimento, pois ele não trabalha com uma folga financeira.

Suspensão dos insumos

A engrenagem que faz com que os negócios funcionem são os insumos. Quando os fornecedores param de enviar a matéria-prima, esse é um grave sinal de que a inadimplência está ocorrendo por parte da empresa.

Isso não revela que foi uma ocorrência pontual, mas sim expressa que os atrasos têm sido constantes, logo a empresa fica sem crédito no mercado para a compra de produtos essenciais.

Atraso na folha de pagamento

Outro forte indício de que as obrigações da empresa ultrapassam os direitos é o atraso da folha de pagamento. Sem recursos para isso, a empresa passa a parcelar alguns pagamentos ou até mesmo deixando de pagar no quinto dia útil, como determina a legislação trabalhista.

Esses estágios são apenas algumas das inúmeras situações que levam à insolvência empresarial. O que se pode perceber é que em todos eles há uma falta do controle financeiro, muitas vezes sem o devido registro das operações, o que faz com que a empresa trabalhe com números totalmente adversos à realidade do empreendimento, inviabilizando a vida empresarial e apresentando uma gestão ineficiente.

Quais as consequências da insolvência empresarial?

Chegado ao estágio em que não se visualiza possível recuperação, é aberto o processo de insolvência, isso é, todo o ativo da empresa não pagará todas as dívidas. Esse processo é algo que requer organização e planejamento.

A decorrência desse plano é a liquidação do patrimônio, ou seja, da empresa. Com a insolvência iniciada, todos os bens e direitos do empreendimento ficam à disposição do nomeado administrador para que o mesmo realize as vendas.

A alienação só é permitida em casos em que seja comprovado que o processo de alienação do patrimônio é mais vantajoso do que a execução da venda. Sendo que tanto na alienação como na venda, todos os ganhos dessas transações são destinados para a liquidação dos credores.

É necessário ressaltar que a ordem de pagamento que deve ser obedecida é a mencionada no processo, que geralmente traz como prioridade o acerto de valores com os funcionários, e assim sequencialmente.

Após realizada a etapa de liquidação e pagamento dos valores, segue-se para a dissolução da empresa. Sem patrimônio tangível ou intangível o empreendimento passa a não existir mais, ocorrendo a extinção da sociedade.

Esse processo não algo fácil de realizar, por esse motivo requer planejamento e organização. Além disso, todas as etapas e finalidades devem ser apresentadas aos sócios e credores e, após sua autorização, é necessária a homologação judicial.

A insolvência empresarial é o último suspiro de um empreendimento, por esse motivo devem ser averiguadas todas as alternativas de recuperação dos negócios, evitando assim o término das atividades e protegendo os colaboradores de uma demissão coletiva.

Agora que você já sabe as principais informações sobre a insolvência empresarial, leia também “Veja como armazenar documentos fiscais de maneira eficiente” e continue aprimorando seu empreendimento!

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