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Entenda a estrutura de um plano de contas

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Entenda a estrutura de um plano de contas

Gerenciar uma empresa não é uma tarefa fácil, pois controlar todos os prazos e exigências legais requer tempo e estudo para que os resultados sejam proveitosos. A contabilidade é uma grande aliada dos gestores, contudo, é fundamental compreender as informações que ela dispõe. Hoje vamos saber mais sobre o plano de contas.

Nele são mencionados todos os dados da empresa conforme a sua classificação, isso faz com que, ao analisar tais dados e transformá-los em informações, o empreendedor tenha uma visão global da real situação do negócio, podendo a partir daí embasar sua tomada de decisão.

Neste post, traremos as principais informações sobre o plano de contas e como ele pode ser determinante na gestão empresarial. Leia atentamente e confira!

O que é plano de contas contábil?

A contabilidade possui diversas vertentes que são empregadas para atingir todos os objetivos de controle e expansão do patrimônio, no entanto, para escriturar todos os fatos é necessário utilizar o plano de contas.

Essa estrutura é uma relação de contas separadas por códigos e classificadas conforme a regulação da classe contábil, e serve como base para a elaboração dos diversos relatórios contábeis como a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), Balanço Patrimonial entre outros.

Nele serão escrituradas todas as entradas e saídas financeiras e não financeiras conforme o fato gerador. Contudo, para a elaboração de um plano de contas é imprescindível estar atento aos princípios da contabilidade, assim como a Lei nº 6.404/76 e a Lei nº 11.638/2007.

Logo, percebe-se que a principal finalidade do plano de contas é classificar todas as ocorrências conforme suas principais características. Entre todas as exigências realizadas na elaboração do plano de contas não podemos deixar de mencionar a estrutura principal:

  • ativo;
  • passivo;
  • receitas;
  • despesas.

Como o plano de contas pode auxiliar na gestão empresarial?

Tomar decisões que alavancarão os resultados dos negócios não é uma tarefa fácil, por esse motivo, as informações devem ser embasadas em fontes seguras que apresentem a real situação do empreendimento.

Nesse sentido, escriturar de forma correta todos os fatos ocorridos é fundamental para avaliar tudo que está ocorrendo na empresa. Por ser uma estrutura classificada em grupos e subgrupos, sua apresentação mostra de forma específica cada escrituração, possibilitando um entendimento mais abrangente das informações.

A partir disso, todos os lançamentos são mensurados e transformados em indicadores, relatórios e gráficos que, reunidos, dão fundamentos para a identificação de possíveis gargalos e potencialidades do empreendimento.

Como é a estrutura de um plano de contas?

Como mencionado, há alguns itens que são obrigatórios por lei independentemente do modelo empresarial, contudo, não existe apenas um modelo de plano de contas. Como sua principal finalidade é orientar a escrituração do fato gerador, essa classificação pode ser elencada conforme as necessidades e particularidades de cada empresa.

Os princípios do plano de contas são 4 grandes grupos: ativo, passivo, receita e despesa. A partir deles são gerados subgrupos que variam de empresa para empresa. Vale lembrar que essas divisões e subdivisões são separadas por número, sendo o primeiro geral e as subclassificações funcionam como um funil, veja:

  • 1º dígito, a classe;
  • 2º dígito, o grupo;
  • 3º dígito, um subgrupo;
  • 4º dígito, a conta;
  • 5º dígito, a subconta.

A abertura dessa hierarquia não é uma obrigatoriedade, e a divisão em diversos níveis deve ser avaliada pela necessidade específica de cada negócio. Para identificar e estruturar um plano de contas para a sua empresa, é essencial que você conheça um pouco mais das principais classificações. Veja a seguir.

Ativo

Essa classe contábil representa os bens e direitos da organização, isto é, todos os valores que a empresa tem em dinheiro ou que podem ser transformados em dinheiro. Entretanto, dentro dessa classe existem as suas subdivisões.

Vale ressaltar que o ativo é subdivido em dois grupos — o circulante e o não circulante. O primeiro se refere a todos os bens e direitos representados por dinheiro em caixa e bens que possam ser transformados em dinheiro em um curto prazo, isto é, do período de doze meses.

O ativo não circulante representa todos os bens e direitos que não poderão ser convertidos em dinheiro rapidamente, ou seja, tais itens só poderão ser convertidos em dinheiro em um prazo maior que doze meses.

Suponha que uma empresa adquiriu um imóvel e precisa lançar essa ocorrência. Partindo da explicação dada anteriormente, o lançamento desse fato gerador se daria da seguinte maneira:

  • 1 Ativo;
  • 1.2 Ativo não circulante;
  • 1.21. Imobilizado;
  • 1.2.1.1 Imóveis.

Passivo

Diferentemente do ativo, o passivo representa todas as dívidas e obrigações da empresa com terceiros, no entanto, sua subdivisão é a mesma, sendo passivo circulante e passivo não circulante.

Essas obrigações podem ser caracterizadas por valores a pagar com fornecedores, folha de pagamento, entre outras. Da mesma forma do ativo, o passivo circulante é caracterizado pelas obrigações quitadas no prazo de doze meses, já as que se estendem a esse período são classificadas no grupo do passivo não circulante.

Receitas

Todos os valores recebidos pela empresa são considerados receitas, e sua classificação é dividida geralmente em dois grandes grupos: as receitas operacionais e as receitas não operacionais.

As receitas operacionais são as provenientes da atividade-fim da empresa, ou seja, daquela atividade pela qual a empresa foi criada para desenvolver. Já as despesas não operacionais são aquelas que não são geradas em consequência dos negócios, elas são levantadas geralmente por juros recebidos, descontos, rendimentos financeiros entre outros.

Despesas

Ao desempenhar as suas atividades, a empresa gera uma gama de despesas, e obviamente sem elas não seria possível desenvolver os produtos que serão comercializados. Logo, não é possível eliminar todas as despesas, no entanto, é possível identificá-las para assim determinar quais podem ser reduzidas.

Assim como as receitas, as despesas são separadas entre despesas operacionais e despesas não operacionais. As primeiras estão diretamente ligadas ao funcionamento dos negócios e influenciam no resultado final. Já as despesas não operacionais são aquelas que não afetam diretamente a produção, dessa forma, não interferem no custo.

Como deve ser elaborado um plano de contas?

Como mencionado, há diversas estruturas para o plano de contas. É claro que organizar essa estrutura não é uma tarefa fácil, por esse motivo, é essencial contar com o suporte de um contador. Esse profissional será o responsável por cuidar de todas as exigências legais dessa estrutura.

Para começar o plano de contas é imprescindível que o gestor analise todos os documentos de entradas e saídas. A partir disso será possível verificar quais contas são necessárias para dar uma melhor visão do que ocorre no empreendimento.

Agora que você sabe o que é e qual a importância do plano de contas, leia também “Como escolher uma contabilidade em São Paulo? Confira nossas dicas” e continue potencializando sua empresa!

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